27 de jan. de 2011

Filmes para os vestibulares


O objetivo do concurso é selecionar o melhor tipo de leitor, o mais crítico, o mais antenado. 

O texto literário se expressa de outras formas que não só no livro. Ele está presente nos filmes.

Aos fins-de-semana desfrutem o tempo para assistir a um bom filme. Isto requer, às vezes, sacrifício, uma vez que a lista de filmes para os vestibulares não incluem os "blockbuster".

A UFBA já cobra em seu vestibular filmes, bem como a FGV.

É uma tendência natural para os próximos anos, pois assistir a filmes demanda um olhar crítico tanto quanto ler um bom livro.



A lista da UFBA

O Auto da Compadecida - Guel Arraes
Carlota Joaquina, Princesa do Brasil - Carla Camurati
O Carteiro e o Poeta - Michael Radford
Central do Brasil - Walter Salles
Dodeskaden - Akira Kurosawa
Eu, Tu, Eles - Andrucha Waddington
A Excêntrica Família de Antonia - Marleen Gorris
A Hora da Estrela - Suzana Amaral
Inteligência Artificial - Steven Spielberg
Memórias Póstumas de Brás Cubas - André Klotzel


Filmoteca para o vestibular


Antiguidade e Idade Média

A Guerra do Fogo - Jean-Jacques Annaud
Spartacus - Stanley Kubrick
Júlio César - Joseph Mankiewicz
Gladiador - Ridley Scott
El Cid - Anthony Mann
O Sétimo Selo - Ingmar Bergman
O Nome da Rosa - Jean-Jacques Annaud
Joana d'Arc - Victor Fleming
Santa Joana - Otto Preminger
Joana d'Arc - Christian Duguay
O Incrível Exército de Brancaleone - Mario Monicelli

Idade Moderna

Marco Polo - Viagens e Descobertas - Giuliano Montaldo
O Poço e o Pêndulo - Stuart Gordon
As Profecias de Nostradamus - Roger Chirstian
1492: A Conquista do Paraíso - Ridley Scott
Cristóvão Colombo: A Aventura do Descobrimento - John Glen
Agonia e Êxtase - Carol Reed
Paixão e Guerra no Sertão de Canudos - Antônio Olavo
Gaijin - Os Caminhos da Liberdade - Tizuka Yamasaki
Guerra dos Pelados - Sylvio Back
Eternamente Pagu - Norma Bengell
A Revolução de 30 - Sylvio Back
Getúlio Vargas - Ana Carolina Teixeira Soares
O Caso dos Irmãos Naves - Luiz Sérgio Person
O Homem da Capa Preta - Sérgio Rezende
Aleluia Gretchen - Sylvio Back
For all - O Trampolin da Vitória - Luiz Carlos Lacerda e Buza Ferraz
Rádio Auriverde - a FEB na Itália - Sylvio Back
O Velho - A História de Luís Carlos Prestes - Toni Venturi
Os Anos JK - Uma Trajetória Política - Silvio Tendler
Jango - Silvio Tendler
Jânio a 24 Quadros - Luiz Alberto Pereira
Lamarca - Sérgio Rezende
Patriamada - Tizuka Yamasaki
O Homem Que Não Vendeu Sua Alma - Fred Zinnermann
Ana dos Mil Dias - Charles Jarrott
Elizabeth - Shekhar Kapur
Giordano Bruno - Giuliano Montaldo
A Rainha Margot - Patrice Chéreau
As Revoluções
Cromwell - Ken Hughes
Revolução - Hugh Hudson
A Noite de Varennes (Casanova e a Revolução) - Ettore Scola
Danton, O Processo da Revolução - Andrzej Wajda
Napoleão - Sacha Guitry
Napoleão - Abel Gance
Tempo de Glória - Edward Zwick
Garibaldi - Luigi Magni
Vidas Marcadas - Bill Douglas
Walker - Uma História Real - Alex Cox
A Guerra do Ópio - Xie Jin
55 dias em Pequim - Nicholas Ray
Zulu - Cy Endfield


O Século 20

Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos - Marcelo Masagão
A Grande Ilusão - Jean Renoir
Gallipoli - Peter Weir
Lawrence da Arábia - David Lean
Agonia - Elem Klimov
Outubro - Serguei Eisenstein e Grigory Alexandrov
Reds - Warren Beatty
Sacco e Vanzetti - Giuliano Montaldo
Rosa Luxemburgo - Margarethe von Trotta
O Ovo da Serpente - Ingmar Bergman
Hitler - Kingsley Martin
Arquitetura da Destruição - Peter Cohen
O Triunfo da Vontade - Leni Riefenstahl
Prelúdio de Uma Guerra - Frank Capra
Novecento - Bernardo Bertolucci
Tempos de Viver - Zhang Yimou
Terra e Liberdade - Ken Loach
Concorrência Desleal - Ettore Scola
Pearl Harbor - Michael Bay
Patton: Rebelde ou Herói? - Franklin Schaffner
Stalingrado - A Batalha Final - Joseph Vilsmaier
Círculo de Fogo - Jean-Jacques Annaud
Holocausto - Marvin Chomsky
O Início do Fim - Roland Joffé
Hiroshima - A História da Bomba - Roger Spottiswoode
Julgamento em Nuremberg - Epílogo da Tragédia - S. Svilov
O Julgamento de Nuremberg - Alec Baldwin
Julgamento em Nuremberg - Stanley Kramer
Roma, Cidade Aberta - Roberto Rossellini
Mississipi em Chamas - Alan Parker
Mísseis de Outubro - Anthony Page
Treze Dias Que Abalaram o Mundo - Roger Donaldson
Todos os Homens do Presidente - Alan J. Pakula
Nixon - Oliver Stone
A Síndrome da China - James Bridges
Guerra e Paz no Oriente Médio - Carla Gil Pontes
O Ano Que Vivemos em Perigo - Peter Weir
Apocalypse Now - Francis Ford Coppola
Plattoon - Oliver Stone
Os Gritos do Silêncio - Roland Joffé
Um Grito de Liberdade - Richard Attenborough
Chove Sobre Santiago - Helvio Soto
A Casa dos Espíritos - Bille August
Desaparecido - Um Grande Mistério - Constantin Costa-Gavras
Prisioneiro Sem Nome - Linda Yellen
A História Oficial - Luis Puenzo
A Ferra da Guerra - Kevin Reynolds
A Casa da Rússia - Fred Shepisi
Kundun - Martin Scorsese
Salvador, O Martírio de Um Povo - Oliver Stone
O Brasil na História
República Guarani - Sylvio Back
A Missão - Roland Joffé
Brava Gente Brasileira - Lúcia Murat
Xica da Silva - Carlos Diegues
Quilombo - Carlos Diegues
Tiradentes, O Mártir da Inconfidência - Geraldo Vietri
Os Inconfidentes - Joaquim Pedro de Andrade
Guerra do Brasil - Sylvio Back
Mauá, o Imperador e o Rei - Sérgio Rezende

Minha lista particular

Alguns filmes  importantíssimos para reflexão, formação de argumentos e ponto de vista:

- Jogos de Poder
- Cordeiros e Leões
- Soldado Anônimo
- Batismo de Sangue - filme brasileiro
- Estômago -  filme brasileiro
- O Último Rei da Escócia
- Hotel Ruanda (sensacional!)
- O Pianista
- Carlota Joaquina - filme brasileiro
- Terra de Ninguém
- A História Oficial - filme argentino!
- Corações e mentes  -filme muito antigo!
- Uma verdade inconveniente (documentário)
- 11 de Setembro- filme francês
- A vida dos outros - filme alemão (sensacional!)
-  Persépolis
- Adeus, Lênin!
- Syriana
- A grande viagem
- Criança Invisíveis (sensacional!)
- 11/9 (documentário)
- A culpa é do Fidel  
- O carteiro e o poeta
- Cidade de Deus
- Abril Despedaçado
- 1984
- Capitu (série)
- Dom
- Vidas Secas
- Cinema Paradiso
- Nove rainhas (Argentina)
- Minority Report
- Femme Fatale
- Blade Runner (clássico)
- Escritores da liberdade
- Mar adentro (eutanásia)
- Fahrenheit 451 (francês - sensacional)
- A Vila
- O show de Truman
- O náufrago
- Che
- A Casa dos Espíritos
- O segredo dos meus olhos
- Babel
- Tropa de Elite 1 e 2
- Macunaíma
- Munique


Entre outros que completarei no decorrer do tempo.


Boa diversão!!!

Um beijo,

Luciana

18 de jan. de 2011

Passaporte da Leitura e da Escrita

Um dado espantoso: aos 3 anos, uma criança de família de baixa renda ouviu 30 milhões de palavras menos do que uma criança de uma família mais favorecida.

E que diferença isso pode fazer? Toda a diferença do mundo!

• As palavras são as nossas principais ferramentas para entender o que se passa, fazer coisas acontecerem e garantir harmonia entre as pessoas. As palavras são instrumentos para pensar.

• Quanto mais palavras você conhece, compreende, lê e escreve, menos possibilidade você tem de se enganar ou ser enganado, numa sociedade letrada como é a nossa.

• Quando uma pessoa aprende a ler, ela passa a ter acesso a tudo o que a humanidade registrou em todos os tempos e lugares.

• Quando uma pessoa aprende a escrever, ela ganha o direito de registrar a sua própria palavra e transmiti-la ao mundo.

O que transforma uma pessoa não é aprender a ler e a escrever: é fazer uso da leitura e da escrita.

Ler e escrever BEM são coisas que demandam preparação e prática.

Faz parte disso – e que parte importante! – mergulhar no mundo da palavra escrita.


LER BEM, ESCREVER BEM

Quanto tempo de leitura?

15 minutos por dia é uma boa média para o contato com livros e outros materiais de leitura.

Claro que nada impede, e é até desejável, que esse tempo seja aumentado!

Para os bem pequeninos, é bom deixar os livros ao alcance da mão, para que brinquem, manuseiem e folheiem. Esse é o primeiro passo para se tornar um leitor.

“Eu nunca tive nenhum problema que uma hora de leitura não pudesse amenizar.”
(Montesquieu)

“Eu adoro me perder nas mentes de outras pessoas. Os livros pensam por mim.”
(Charles Lamb)

Se uma pessoa aprendeu a ler e não é um leitor fluente, isso quer dizer que faltou prática de leitura.

QUE TIPO DE LEITURA?

É bom praticar TRÊS tipos de leitura:

• leitura BÁSICA, com ajuda de um adulto ou jovem leitor mais experiente;

• leitura diária individual de ESTUDO, ao fazer as lições de casa e o trabalho escolar;

• leitura escolhida por PRAZER.

E POR QUE SERÁ QUE TANTA GENTE ACHA DIFÍCIL ESCREVER?

Falta de prática, talvez de hábito... Medo de errar? Pode ser. Também pode ter a ver com isto:

Os pensamentos voam e as palavras andam a pé. Esse é o drama de quem escreve.

(Julien Green)

Seja qual for a razão para a dificuldade, os próprios escritores dão boas orientações para vencer a barreira, encher-se de coragem, enfrentar o papel em branco e nele exercer o direito de escrever – e, assim, garantir a permanência das palavras.

Use estas ideias para si mesmo e para ajudar outras pessoas – especialmente as crianças e os jovens – a ficarem mais à vontade com a palavra escrita.

A palavra escrita permanece.

PARA COMEÇAR

A primeira regra, que, por si só, já pode garantir um bom estilo, é ter alguma coisa a dizer.”

(Arthur Schopenhauer)

REMÉDIO CONTRA INSÔNIA

Eu punha um pedaço de papel debaixo do travesseiro, e, quando não conseguia dormir, escrevia no escuro.”

(Henry David Thoreau)

AVENTUREIRO DA PALAVRA PERDIDA

Escrever é uma aventura de explorador. Você começa do nada e aprende à medida que avança.”

(E.L. Doctorow)

ESCREVER, ESCREVER, ESCREVER

Só existe um jeito de aprender a escrever melhor: escrever.”

(Doris Lessing)

Só existe um jeito de fracassar ao escrever: parar de escrever.”

(Ray Bradbury)

Eu me sento diante da máquina de escrever, me encho de esperança e fico à espreita do que virá.”

(Mignon Eberhart)

Para mim, o maior prazer de escrever não é o assunto, mas a música interior que as palavras fazem.”

(Truman Capote)


PALAVRA ESCRITA, A MELHOR AMIGA DA MEMÓRIA

“Escreva o que não deve ser esquecido.”

(Isabel Allende)


Escreva BILHETES
Escreva listas de coisas a fazer
Anote pensamentos e IDÉIAS
Copie poemas
Faça JOGOS DE PALAVRAS e trocadilhos
Faça palavras cruzadas
Jogue forca
Copie letras de músicas
Use agendas de lembranças
FAÇA DIÁRIO
Faça um caderno de piadas
Escreva as HISTÓRIAS que os mais velhos contam
Faça álbuns com fotos e informações sobre a FAMÍLIA e os AMIGOS.

Fonte:
Passaporte da Leitura e da Escrita
Instituto EcoFuturo

Ano Novo vida nova, por Betty Milan

Todo  ano, à meia-noite do dia 31 de dezembro,  nós comemoramos a passagem para o dia 1º de janeiro dizendo feliz Ano Novo.  Como se o ano tivesse vida própria e autonomia para nos trazer felicidade e nós pudessemos conjurar a infelicidade. Os chineses soltam rojões para afastar as energias negativas.  Rojões embalados em papel vermelho, a cor que serve para conjurar o mal.
Sempre disse  feliz Ano Novo sem refletir sobre a frase.  Sem me dar esse luxo.  Contento-me com o fato de dizê-la, abraçando os que estão por perto. Há alguns anos, no entanto,  envio a uma lista de amigos e conhecidos,  um e-mail com O ano será novo se você for de paz.  Por que a paz é a nossa principal conquista. Quem evita a guerra e a luta de prestígio pode  ter esperança.
Não é fácil ser de paz, pois a pulsão de morte existe e nós não somos educados para contê-la. A exemplo disso, uma frase comumente proferida diante de uma contrariedade: “Se você fizer isso eu te mato”.  Uma frase que legitima o assassinato e exibe o lado negro do inconsciente. Freud diz  mesmo que basta pensar na importância do mandamento “Não matarás” para deduzir que somos produtos de gerações de assassinos e temos a paixão do crime no sangue.
Só é de paz quem se empenha continuamente em sê-lo. Só assim é possível não se desviar do bom caminho. Ou seja, daquele em que não queremos saber do ódio e a palavra prima por existir uma escuta verdadeira. Ser de paz é uma arte sobre a qual ainda não se escreveu um livro equivalente à Arte da Guerra de Sun Tsu. Como se nós precisássemos aprender mais sobre a manobra das tropas do que sobre o acordo entre as pessoas.
A arte da paz  implica uma disciplina baseada nas vantagens pacifistas de agir de um ou de outro modo. Uma disciplina à qual subjaz a ética da delicadeza, que tanto ensina o cuidado quanto o respeito. Quem se exercita nesta disciplina presta um grande serviço aos outros e a si mesmo, fazendo um tempo novo acontecer.
Há várias maneiras de ser delicado. Uma delas é a de quem se dispõe a escutar, consegue se abstrair de si para deixar o outro existir, falando o que precisa. Amar é isso. E, quem se dispõe a escutar, não perde tempo. Pelo contrário, ganha pois se surpreende e se renova com o tesouro das palavras e das vidas. Cada vida é uma, absolutamente singular. Como cada flor. Nenhuma rosa é semelhante à outra. Mais ou menos aberta, mais ou menos branca, rosa, ou vermelha. Quando não tem uma cor menos convencional.
Para que o ano seja novo, basta se deixar surpreender pelos outros, colher assim a flor do jardim.

Por Betty Milan
Escritora e Psicanalista